Um centro de Harvard, nos EUA, divulgou recentemente uma pesquisa envolvendo 160 sites entre abril de 2006 e abril de 2007. As conclusões são que, enquanto a circulação dos jornais norte-americanos caiu 3% e os noticiários de TV perderam milhões de telespectadores, a Internet teve uma tendência constante de aumento de público. Nesta conta não estão apenas os sites de jornais, mas também portais de busca como o Google e, é claro, blogs. O Observatório da Imprensa publicou um artigo sobre a pesquisa no endereço (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=446MON021).
Parece que o público está buscando na Internet algo que não encontra mais (ou acha que não encontra) nos impressos. Adivinhem o quê? Notícias.
Bem, diante deste estudo e de outros que confirmam a tendência de crescimento cada vez maior da rede - e também da constatação de que a linguagem e o formato de blogs passa a ser cada vez mais apropriada pelas empresas de comunicação -, me parece, pessoalmente, imporem-se quatro questões. Ou, trocando em miúdos (de onde será que vem esta expressão?): se a rede afirma-se crescentemente e se um de seus aspectos mais importantes são os blogs, bom, afinal de contas, diabos, onde estamos e para onde vamos como jornalistas e como seres humanos?
Há quatro aspectos que me intrigam em relação a blogs (partindo da perspectiva dinossáurica de quem nasceu em 1967, um pouquinho antes do Sargent's Pepper, e que nunca teve blog estilo diário pessoal):
1) A incorporação dos blogs pela mídia tradicional pode significar a destruição de características centrais deste formato?
2) O blog é um espaço informativo ou opinativo?
3) A palavra-chave na discussão entre blogs e jornalismo tradicional é credibilidade. Como um blog adquire credibilidade?
4) O blog vai moldar um novo tipo de jornalista?
Nos próximos dias, vou discutir um pouco destas questões aqui no blog. Sigam-me.
sábado, 1 de setembro de 2007
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