quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Para a próxima aula

Pedi um artigo posicionando-se a respeito da polêmica encetada nos textos do Arnaldo Bloch e do Wagner Moura, lidos em aula. Pode ser a respeito do filme (se alguém viu ou ver) ou sobre a responsabilidade do usuário de drogas em relação à violência e criminalidade urbana. Ambos os textos estão no xerox ou podem ser acessados nos links abaixo:

Bloch: http://oglobo.globo.com/blogs/arnaldo/

Wagner Moura: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/09/24/297856410.asp

Parece que houve uma corrente de dissidentes comunistas que não se entusiasmou muito com o tema. Paciência. Como boa populista que sou, tentarei uma composição. OU, em bom português: uma alternativa ao tema acima é escrever um artigo-resposta aos três artigos que colocarei no xerox, de autoria de Claudio Abramo (O esmalte de Madison Avenue, Jornalistas e jornalistas e Nós e os outros).

Então, um dos dois.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Internet e reportagem

O site do Globo de hoje tem um exemplo interessante e criativo de interação com o leitor que a Internet permite e que serve para ENRIQUECER realmente a reportagem.

Para repercutir o filme "Tropa de elite" e discutir a violência no Rio, eles ouviram especialistas (historiador e sociólogo) e fizeram uma enquete com os internautas do site, descobrindo que a maioria deles já pagou propina para os policiais.

De um total de 1.718 internautas, 36% já molharam a mão dos polícia mais de uma vez e 17%, apenas uma vez. Nove por cento disseram que nunca pagaram, mas o fariam se houvesse necessidade e apenas 2% tentaram mas o policial não aceitou. Somente 36% afirmaram que nunca fariam isto.

A matéria aparece sob o título É preciso evitar que os corruptos entrem para a Polícia, diz historiador.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Zero Hora descobre os blogs

A ZH estreou nesta quinta o seu projeto online, que inclui uma série de blogs com colunistas tradicionais do jornal (como Paulo Sant'Anna e David Coimbra) e também jornalistas que não dispunham de espaço de opinião na versão impressa (como o Rodrigo Lopes).

Dêem uma olhada, avaliem e estabeleçam uma opinião!

É www.zerohora.com.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Recomendação

Para quem não conhece, recomendo dar uma olhada no blog do Marcelo Coelho, na FSP. O cara tem um texto primoroso. A propósito, é o autor daquele editorial ("A escalada fascista") que lemos na última aula.
É http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Editoriais

Quem quiser ler os editoriais BASTA! e FORA! na Internet os encontrará no site do Franklin Martins (http://www.franklinmartins.com.br) , na seção ESTAÇÃO HISTÓRIA.

Paula manda o editorial da Folha de S. Paulo de hoje, para a gente analisar. A seguir:

Absolvido em segredo

O dia em que o Senado livrou Renan Calheiros da cassação é um momento vergonhoso na história do Legislativo brasileiro

CENTO E dez dias depois de reveladas suas ligações com o lobista de uma empreiteira, num episódio a que não conseguiu dar explicações minimamente satisfatórias; após uma seqüência devastadora de notícias a respeito do crescimento vertiginoso de seu patrimônio pessoal; cercando-se de uma vacilante pilha de notas fiscais suspeitas; valendo-se da própria influência do cargo para dar um curso favorável ao processo; protegido pelo corporativismo, pela pequenez e pela covardia da maioria de seus pares, o senador Renan Calheiros obteve ontem, entre quatro paredes, um vergonhoso e temporário prolongamento de sua sinuosa trajetória política.
A decisão que o beneficiou não interrompe a corrosão de sua imagem, dada a quantidade esmagadora de denúncias que se seguiram ao primeiro escândalo. Ainda que salvo, desta vez, o seu mandato, Renan Calheiros não reúne as mais elementares condições políticas para manter-se como presidente do Senado.
Tudo se fez para dar maior conforto e tranqüilidade aos defensores do presidente da Casa. Proibiu-se o uso de celulares durante a sessão, realizou-se uma varredura eletrônica no plenário, arrancaram-se microfones da sala. Procedimentos de sigilo que caberiam melhor numa reunião entre lideranças da contravenção do que em plenário de um dos Poderes da República.
Mais do que nunca, evidenciam-se o anacronismo e a vergonha de uma blindagem normativa que, a despeito de muita condenação retórica, mantém-se intocada a cada uma das sucessivas crises éticas que atingem o Congresso.
Quando virá a próxima? Mais que concentrar, numa única jornada deliberativa, todas as esperanças e frustrações inerentes a um conflito entre o interesse público e o corporativismo, trata-se de tomar os acontecimentos de ontem como uma etapa particularmente revoltante num difícil aprendizado civilizatório.
Uma sociedade ainda pouco organizada, cindida por graves desníveis de renda, escolaridade e informação, cuida de enfrentar, a duras penas, um tipo de comportamento político fundado no sigilo, no compadrio, no paternalismo, na chantagem e no tráfico de influências.
A estreita margem de votos com que se deu a deliberação demonstra o momento transicional ainda vivido no país. Tivemos, sucessivamente, a cassação de José Dirceu e Roberto Jefferson e a absolvição de muitos mensaleiros; a reeleição de alguns deles e a derrota de outros; a dura decisão do STF nesse mesmo escândalo e o relativo esquecimento em que caíram outros flagrantes de desmandos no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, no plano federal, nos Estados e nos municípios.
Pela decisão tomada, e pelo muito que nem sequer chegou a ser avaliado -mais três representações contra Calheiros foram encaminhadas ao Conselho de Ética-, o dia de ontem fica marcado como um momento vergonhoso na história do Legislativo brasileiro. Mudar essa história não é tarefa, entretanto, para um único dia; na indignação pública que suscita estão as forças para levá-la em frente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Blogs do The New York Times

Vejam a lista dos blogs do The New York Times:

ArtsBeat - sobre a cobertura dos eventos culturais na cena novaiorquina
Bats - cobertura da temporada 2007 de baseball
Bits - cobertura e bastidores sobre tecnologia dos repórteres no Vale do Silício
Business of Green - Sobre o meio ambiente, com serviço do International Herald Tribune.
The Caucus - Análise das notícias políticas e da campanha presidencial de 2008
City Room - Reportagens, bastidores, entrevistas e multimídia sobre acontecimentos relacionados à cidade de Nova Iorque
DealBook - Aquisições e negócios no mundo empresarial
Diner's Journal - Blog do crítico gastrônomico do jornal, Frank Bruni, sobre restaurantes e novidades
Dream Home Diaries - Blog no qual um casal escreve sobre a construção de sua casa numa cidade da Florida
Freakonomics - Blog de Steven Levitt and Stephen Dubner, autores do livro Freakonomics.
The Gambit - Blog sobre xadrez, com notícias e análises.
The Lede - Bastidores da cobertura diária.
On the Runway - Blog sobre moda, desfiles, mundo fashion.
Paper Cuts - Blog sobre livros do editor da Revista de Literatura do jornal.
Pogue's Posts - Notas do colunista de technologia do jornal, David Pogue.
The Pour - O crítico de vinhos do Times discute vinhos e bebidas.
The Public Editor's Journal - Blog onde o ombudsman do jornal faz críticas e recebe comentários dos leitores.
Screens - Blog da crítica de mídia de Times sobre video na web e videoconvergência.
TierneyLab - Blog da colunista de ciência do jornal, que fala sobre novas pesquisas.
Travel Q&A - Blog da equipe de viagens e turismo do Times, com dicas e respostas aos leitores
U.S. Open - Sobre o torneio de tênis, edição 2007.
Wheels - Notícias e notas do mundo dos automóveis.

Esses são os blogs free. Tem mais uma série disponível só para assinantes. A lista completa está em http://www.nytimes.com/ref/topnews/blog-index.html.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Para aula pós-feriado

Para a próxima aula, pedi o seguinte:

1 - Ler texto que fico no xerox do livro do José Marques de Melo sobre editorial

2 - Ler pelo menos dois ou três editoriais sobre o 7 de setembro de jornais diferentes.

3 - Escrever dois editoriais com o tema patriotismo. O primeiro defenderá a seguinte tese: o patriotismo é um valor importante e que se mantém forte na sociedade contemporânea, sendo necessário diante da massificação das identidades proporcionada pela globalização. O segundo vai em sentido contrário, sustentando que o patriotismo é um valor retrógrado e sem sentido no mundo contemporâneo, tendo sido no passado a principal causa das guerras que destroçaram a humanidade no século XX. PARA ENTREGAR.

No mais, sentirei falta dos blogs. snif.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Mais opiniões

Bem, o boletim da 19 horas:

Cowabanga - Bem, eu nunca assisti (ou me lembro de ter assistido) a esse Caverna do Dragão, portanto não me incluo no rol de leitores que se lembram disto ou daquilo. Mas gostei muito do post: achei-o bem completo, com texto agradável, cheio de informações e comentários pertinentes. Perderia muito sem o vídeo e os links, ao final, que enriquecem muito. Um texto longo que vale a pena ler.

Mudando o canal - O post "A profissão mais difícil do mundo" parece aquele programa de pegadinhas do Faustão. Acaba com qualquer mau humor. Outro da série clicando-você-entende. Criativo e faz um contraponto interessante aos heróis jornalistas do Cowabanga. O "singular e plural" é maldosa e cricri... Faz parte - é um blog de opinião!

Pernas abertas - Muito bom o post da variedade vaginal: pela informação, pelo texto solto e irônico e pela ilustração, que completa a piada. Morri de rir. Legal ter um blog despudorado... Mas será que as gurias tb conseguem falar com a mesma desenvoltura dos atributos masculinos? A idéia dos quadrinhos no post anterior é interessante, mas talvez pudesse ter sido melhor "diagramada", quadro a quadro, tamanho menor e com algum comentário. Também senti falta de mais um comentário no post sobre o On the road, mas estou sendo murrinha.

Por dentro da bolsa - As meninas nos ensinam desta vez a mágica daqueles parcelamentos automáticos com preço à vista, no qual os juros já estão embutidos. O post funciona bem porque, a exemplo de vários outros deste blog, apela para o concreto: dá exemplos precisos do que as autoras estão falando e nos remete a situações do cotidiano. Além disso, tem este tom meio debochado que traz personalidade ao trabalho da dupla.

Por trás das grades - O post Extremos elenca uma boa série de dados mas perde de vista, a meu ver, uma boa oportunidade de examinar porque um quadro vindo desta excelente (é o que está dizendo o texto, pelo que entendi) PF ainda não conseguiu fazer nada para melhorar, reestruturar ou reformar a Polícia Civil, limitando-se a repetir, à exaustão, a ladainha da Lei Seca. A relação entre as duas instituições é feita, a título de comparação, mas sem tocar na contingência da posição do del. Mallman.

Viajantes - O tema do post Barreira é oportuno e realmente estava faltando no blog que discute viagem, mas acho que seria mais convincente se ele fundamentasse as opiniões em alguns dados ou lembrasse fatos com mais detalhes. Isso ajuda a convencer. A foto é boa, mas como é uma panorâmica de multidão, merecia um tamanho um pouco maior. Da mesma forma o post Atrasado: a história é legal, só que a gente fica com vontade de saber mais... Poderia ter mais informação? Como era esse polonês? Como é a vida na Austrália? Será que não tem generalização demais ali: a visão de todos os brasileiros sobre "oportunidades no exterior" é a mesma? E quem se deu mal? É por que era preguiçoso?

E tem gente que passou a semana toda sem postar nadinha...

Até amanhã.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Posts

Pessoal, comentários (não tão) telegráficos.

Cowabanga - Kauê nos dá uma aula sobre jornalistas na cultura pop no post Meta-linguagem... Fiquei impressionada (e o texto é longuíssimo!). Os meninos não se rendem. As imagens comentando o post dão movimento ao texto. Débora lembra os mamonas, associando-os à transgressão. O texto está bom, gostoso de ler, tem aquela enroladinha básica, se dirige ao leitor etc. (Mas permita-me entrar no mérito: me lembrei de um programa que vi ontem sobre o Coldplay em que a VJ contava que eles haviam ganho um desses prêmios como músicos alternativos. E perguntava: "Alternativo a quê?" E eu indago: "Transgressão de gravadora?").

Mudando o canal - A reflexão da Cris sobre algo tão prosaico quanto canais de TV a levou uma dúvida profundíssima e que divide especialistas até hoje (sério, já vi debates seríssimos na acadimia sobre). Nas palavras dela: "Será que não somos latino-americanos? O que caracteriza esse povo e que talvez nos deixe de fora?" Grande Cris.

Pernas abertas - Douglas expõe sua intimidade em "Nunca diga nunca", num post que intriga a princípio (vem cá, o blog não é sobre sexo?), mas que satisfaz as expectativas a medida que o lemos. Exemplo claro de junção de gêneros informativo/opinativo e uma escolha acertada de assunto. Dani, por sua vez, relembra "O último Tango em Paris" e o clássico dilema da manteiga (Brando era um safado, mesmo). Boa lembrança, com informações de bastidores. Linguagem um tanto despudorada (mas com classe, cuidado aí), perfeitamente esperada num blog sobre sexo.

Por dentro da bolsa - Pequenos erros de revisão no início do post das Casas Bahia (não é interrogação a primeira frase; e o certo seria "de onde", "fazer" e, no quarto parágrafo, "investidores"). Título interessante, chama atenção por juntar substantivos completamente diferentes (Copom e Casas Bahia?). Boa sacada de colocar o link para inflação. O interessante é que o blog das gurias é coletivo mesmo: elas sempre assinam juntas. Não há espaço para personalismos na economia.

Por trás das grades - Nada de novo na polícia desde domingo.

Viajantes - Notei hoje uma bela mudança no blog, com novos links, sessões, visual trabalhado, até votação ... Parabéns ao grupo, que reagiu às críticas e botou para quebrar. Bruna faz um post sobre o interior do estado, mostrando opções culturais e curiosidades interessantes. O blog realmente está mudando para melhor. Se me permitem uma sugestão, mais como amante de viagens do que como professora, será que não tinha uma dica daquelas de mãe para filho de algum lugar para contar para nós? Algo que só se conta para um amigo sobre algum destino, lugar, praça, restaurante, comida? Curiosidade. Continuem bem.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sobre blogs - 1

Conforme comentei no post "sobre blogs", vou expor aqui algumas idéias sobre alguns aspectos desta discussão sobre blogs - e especialmente sobre esta "institucionalização jornalística" dos blogs.

A primeira questão que me interessa é se a incorporação dos blogs pela mídia tradicional pode significar a destruição de características centrais deste formato?

Bem, da perspectiva dinossáurica que me encontro, me parece que há muito mais no sentido contrário - ou seja, a linguagem dos blogs, mais coloquial, partindo de uma perspectiva pessoal, com textos curtos e incorporação de elementos visuais e sons, influencia diretamente os produtos do gênero lançados pelas empresas jornalísticas.

É claro que estas características que marcam a liberdade e a diversidade dos blogs vão acabar se chocando com a subordinação aos limites editoriais (e formais) de uma empresa jornalística. E disto vai sair alguma outra coisa, diferente, nem bem o jornalismo padrão, nem bem a liberdade anárquica (dá para dizer isto ou estou exagerando?) dos blogs.

De resto, é interessante pensar que este tipo de linguagem blogueira não está apenas determinado por uma "cultura" - ou seja, o alastramento dos sites estilo diário pessoal -, mas tb pelas próprias condições materiais em que eles se produzem.

Ou seja: ao mesmo tempo em que escrevo sozinho, voltado para minha tela de computador, sei que o que produzo poderá ser imediatamente lido e digerido por outros. Assim meu texto se transforma numa marca virtual da minha existência e de minha individualidade, gerando, de certa forma, uma compulsão em expor-me e revelar-me (concordam ou não?).

Sob o risco de cair num lugar comum, este personalismo que permeia os blogs (em diferentes níveis) me parece, ao mesmo tempo, uma reação à massificação constante dos tempos atuais e, contraditoriamente, a impossibilidade de fugir do individualismo e do culto ao indivíduo como sentido maior de nossa existência, marca histórica deste período.

Mesmo as comunidades blogueiras são redes de individualidades, ligadas por interesses comuns e solidariedades, mas nas quais as personalidades não se apagam em detrimento do coletivo. No entanto, há ali um espaço de experimentação e ousadia, algo que a média tradicional perdeu em sua cada vez maior transformação em negócio.

Portanto, como é possível conciliar esta experimentação e esta liberdade com o guarda-chuvas da grande imprensa? Ou não dá?

Uma discussão interessante sobre o tema está na enquete "Can newspapers do blogs right?", publicada na Online Journalism Review (University of Southern California), na qual os caras ouvem blogueiros e editores perguntando: afinal, os jornais conseguem fazer blogs direito? Quem quiser olhar, basta clicar em http://www.ojr.org/ojr/stories/060423niles/.

domingo, 2 de setembro de 2007

Papo de domingo

Domingo, início da noite, uma passada rápida pelos blogs.

Cowabanga - O post "Carta ao leitor" presta satisfação aos leitores sobre as críticas que o grupo recebeu, mostrando reação e personalidade. É um post coletivo! Fico curiosa com o que vem pela frente. "A mãe dos sobrinhos" traz revelações palpitantes sobre a (ausência de) vida sexual dos personagens Disney. Tem umas sacadas boas ali e tb pesquisa, ou seja, o Fred foi atrás de informações e nos oferece até dois links para quem quiser saber mais. A propósito, lembro que existe um livro dos anos 80 que faz uma leitura se não me engano marxista do universo Disney, interpretando aspectos como este da repulsa ao sexo e da atração pelo dinheiro: "Para ler o Pato Donald", de Ariel Dorfmann e Armand Mattelart. A obra, que provavelmente vocês já ouviram falar (ou até leram), está disponível para quem interessar em nossa biblioteca da Fabico, que aliás reabre nesta segunda.

Mudando o canal - Só consegui entender direito aonde o texto do post "Altas confusões" queria chegar ao ver o vídeo anexo, que, aliás, é hilário. O post seguinte ("Olhaaahhh!") me lembrou muito um tom de crônica, um olhar pessoal sobre o cotidiano. Acho que teria a ganhar oferecendo mais alguma informação ao leitor - pense nas pessoas que não viram (há marcianos no planeta Terra) ou esqueceram o episódio em questão. "Novas bizarrices..." ficou interessante: curtinho, enxuto, lembrou até um poema concretista na apresentação.

Pernas abertas - Lucchese mostrando sua força em dois posts interessantes: uma dica para quem gosta de ver foto de mulherada (e uma resposta a quem reclamou do Ginsberg - eu, não) e a informação sobre esta improvável e estranha guinada na carreira do guitarristas do Red Hot. Os dois posts com fotos que ilustram e, no caso do site, servem como link para o pessoal matar a sede. Muito educativo.

Por dentro da bolsa - Os posts "Mulheres em ação..." e "Bovespa..." permanecem identificados com o espírito do blog: esclarecer aspectos da macroeconomia (é isso, gurias) para os mortais comuns (fiquei deveras interessada na planilha de orçamento pessoal do site do mulheres tb) num tom opinativo, bem humorado e coloquial. A seleção de temas está muito boa e achei bem legal que os links em "Mulheres..." não são apenas um ctl-c/ctl-v. Eles aparecem com outro nome e não o endereço do link (www etc etc). Tem alguns errinhos de revisão na grafia de algumas palavras.

Por trás das grades - Como comentou a Paula, o post "A segurança..." é claramente opinativo e tem aquele tom pessoal/coloquial que me parece característico dos blogs. Só acho que o texto fala de três temas diferentes (a falta de respeito do governo com a imprensa, as medidas anunciadas e a Lei Seca), o que o deixou um pouco confuso. Na minha humilde opinião, poderia ser dividido em três posts menores, um sobre cada assunto e relacionados entre si pelo mesmo título ou no próprio texto. Muito interessante a gente saber dos bastidores da cobertura jornalística (cês tão deixando frouxo para a Yeda, hein...). "Por que a humanidade..." ilustra por contraste o que quis dizer acima. Há ali um elemento (o comentário da mãe) que introduz a reflexão, seu desenvolvimento e uma conclusão. É um texto organizado, reflexivo, inteligente e sensível. Gostei.

Viajantes - Da mesma forma que o post que acabei de citar do grades, o texto da Sara ("Brasileiros no exterior") tb está bem estruturado e claro, se apóia em dados que ela apresenta e tem uma reflexão original. Quem sabe não valeria um link para uma comunidade brasileira na Indonésia, em Moscou ou no Canadá? A dica do Thiago no post seguinte é interessante e oportuna, já que este é o primeiro fim de semana da exposição da RBS. Curioso esta história do Lasier ter sido destacada. Aliás, a mostra está sendo, previsivelmente, o maior sucesso: fui lá este domingo e nem tentei entrar, desencorajada pelo tamanho da fila. No site parece que dá para fazer uma visita virtual à exposição - podia ter destacado isto. Tem um erro de revisão no título, arruma, please!

Inté.

sábado, 1 de setembro de 2007

Viajantes

Dois posts novos, da Bruna e do Cris.

Belo post da Bruna, com aqueles elementos visuais (os selos), a dica do jogo, a idéia de fazer algo diferente. Bonito e útil, interessante, e vende bem o seu peixe (o convite para a gente jogar e imaginar tb). Ótima idéia.

O post do Cris é extremamente original. Ele escreve um post sobre o fato de não gostar de blogs e não estar com vontade de escrever em blog, e me parece absolutamente sincero. Ironicamente, o fato de estar sendo tão honesto e se despindo desta forma em público me soa muito como... linguagem de blog. Claro que saindo da perspectiva de um blog editorializado, mas apostando firme no opinativo pessoal.

Qto a ter de aprender a fazer blog, cabe duas considerações:

1) Me parece que a contradição se coloca aqui pelo fato das postagens terem de ser diárias (mas em grupo isto se dilui, não?) e pela característica do blog empolgar outros integrantes da turma. Bem, cada um, cada um, ninguém é obrigado a gostar.
2) Quero deixar claro que é ótimo e é desejável que o trabalho tenha esta característica lúdica, mas, ao fim e ao cabo, não estamos trabalhando com blogs em Red III porque não temos mais nada para fazer e é divertido para a maioria, e sim porque hoje ele se configura num espaço de jornalismo cada vez mais explorado. Assim como estamos exercitando o trabalho com blogs, vamos fazer o mesmo com editoriais, resenhas e crônicas, e espero que todos mantenham o mesmo nível de empolgação e sinceridade (como a do Cris) durante todo o período da disciplina. Saímos ganhando.

Quem não entendeu porque estou fazendo estes comentários, leia o post "Cowabanga".

Por trás das grades

Assim como o Pernas abertas, este blog não está sendo atualizado, só que desde quarta-feira. Wake-up, Natálias.

Sou suspeita para falar deste blog porque gosto muito de polícia e tenho uma perspectiva meio "interna" desta área do jornalismo, apesar de já ter deixado a sub-editoria de polícia de ZH há três anos.

O último post publicado fala do nenê no lixão. Já comentei ele pessoalmente com a Pianegonda. Espero que ela repasse os comentários a Leal. De modo geral, este post revela o quão rica, dramática e difícil é a experiência de ser repórter policial. A vida é diferente para quem sabe o quanto ela é efêmera e carnal. E descobrir isto dói, mesmo.

Escrevam mais, gurias!

Quem não entendeu porque estou fazendo estes comentários, leia o post "Cowabanga".

Por dentro da bolsa

Pessoalmente, achei geniais os dois últimos posts: um explica este rolo nas bolsas mundiais e sua relação com o mercado imobiliário americano (aquela coisa deles viverem com as casas hipotecadas) e o outro fala de CPMF. O blog continua apostando, e ao meu ver acertadamente (quem não concorda, grite!), em explicar economês para seres humanos normais e medianos como nós - coisa que a grande imprensa esqueceu há horas e acho até que nem sabe. Parabéns. A gente lê, pensa e é útil.

Quem não entendeu porque estou fazendo estes comentários, leia o post "Cowabanga".

Pernas abertas

O blog não tem nenhuma nova postagem desde o dia 30. Cadê o pessoal?

Pessoalmente, gostei muito deste último post do dia 30 sobre as Velhas Virgens, da Marina. Ela apresenta a banda, para os que não a conhecem, depois a comenta numa perspectiva pessoal, coloca letra de música e foto. Poderia talvez ter colocado um link para a música ou para o site da banda. O texto é longo, mas eu gosto de textos longos.

Quem não entendeu porque estou fazendo estes comentários, leia o post "Cowabanga".

Mudando o canal

O post da Parmalat me trouxe uma informação nova, que desconhecia. O texto apresenta o dado e comenta a campanha, ainda trazendo o jingle. Não consegui abrir a ilustração do meu computador, mas acho que é problema deste. Bom o finalzinho, com a sacada maliciosa.

O "Jornalismo de verdade" é um texto que apresenta uma posição bem clara e que, vamos admitir, é fácil de concordar (embora, eu, pessoalmente, não concorde: jornalismo para mim não é cruzada, é só uma profissão; todo jornalismo deveria ser investigativo e toda notícia é tb uma repotagem; e até mau jornalismo é jornalismo; negar isto, para mim, é idealizar um ofício e não acredito em idealismos). Em relação ao programa, poderia embasar mais esta posição com exemplificações e falar um pouco mais das características do Caco, etc. Trazer o assunto à baila é ótima idéia.

Quem não entendeu porque estou fazendo estes comentários, leia o post "Cowabanga".

Cowabanga

Atendendo sugestão do Haubrich, passarei a fazer comentários rápidos sobre posts dos blogs.

Vou me ater aos posts de quarta ou quinta em diante, ok? E aleatoriamente. E são comentários, opiniões, e não verdades absolutas (eu tinha uma professora de história que dizia, dando uma aula: "Esta é a minha verdade. Não existe uma só verdade. Existem várias". Para um professor de história dizer isto, tem de ter bala na agulha, certo?).

Começo por ordem alfabética, o Cowabanga.

Dois posts, do Kauê, sobre personagens de ficção, e da Paula, sobre o filme dos Simpsons.

O post do Simpsons está bem interessante, pois relata rapidamente o argumento do filme, tem uma linguagem pessoal e uma perspectiva opinativa sem ser pretensiosa, coloquial. Rápido de ler, fácil, com alguma informação. O recurso da reprodução do trailer, que vale como atrativo mas tb como informação, dá um plus a mais.

O post do ranking é mais ambicioso, parece-me, apesar das ressalvas do próprio autor em seu início. De qualquer forma, esta coisa de lista e ranking sempre funciona, as pessoas adoram ler isto. Não vou aqui opinar sobre a escolha dos personagens, é um critério pessoal. Gostei de ler sobre os que já conhecia e aprendi sobre os que não conhecia. Podia ter falado sobre o Keith Richards no Jack Sparrow e aparece duas vezes Homer Simpson na listagem final.

Mudou o visual

Mas eu continuo.

Sobre blogs

Um centro de Harvard, nos EUA, divulgou recentemente uma pesquisa envolvendo 160 sites entre abril de 2006 e abril de 2007. As conclusões são que, enquanto a circulação dos jornais norte-americanos caiu 3% e os noticiários de TV perderam milhões de telespectadores, a Internet teve uma tendência constante de aumento de público. Nesta conta não estão apenas os sites de jornais, mas também portais de busca como o Google e, é claro, blogs. O Observatório da Imprensa publicou um artigo sobre a pesquisa no endereço (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=446MON021).

Parece que o público está buscando na Internet algo que não encontra mais (ou acha que não encontra) nos impressos. Adivinhem o quê? Notícias.

Bem, diante deste estudo e de outros que confirmam a tendência de crescimento cada vez maior da rede - e também da constatação de que a linguagem e o formato de blogs passa a ser cada vez mais apropriada pelas empresas de comunicação -, me parece, pessoalmente, imporem-se quatro questões. Ou, trocando em miúdos (de onde será que vem esta expressão?): se a rede afirma-se crescentemente e se um de seus aspectos mais importantes são os blogs, bom, afinal de contas, diabos, onde estamos e para onde vamos como jornalistas e como seres humanos?

Há quatro aspectos que me intrigam em relação a blogs (partindo da perspectiva dinossáurica de quem nasceu em 1967, um pouquinho antes do Sargent's Pepper, e que nunca teve blog estilo diário pessoal):

1) A incorporação dos blogs pela mídia tradicional pode significar a destruição de características centrais deste formato?

2) O blog é um espaço informativo ou opinativo?

3) A palavra-chave na discussão entre blogs e jornalismo tradicional é credibilidade. Como um blog adquire credibilidade?

4) O blog vai moldar um novo tipo de jornalista?

Nos próximos dias, vou discutir um pouco destas questões aqui no blog. Sigam-me.